A nutricionista funcional Flávia Cyfer explica que o consumo de produtos orgânicos é uma alimentação sem nenhum desses venenos
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A alimentação exclusiva com alimentos orgânicos ainda continua sendo um investimento na própria saúde, já que as duas principais reclamações dos consumidores de produtos sem agrotóxico são preço alto, e o que chamam de “oferta pulverizada”, já que grande parte do comércio faz venda separada – em alguns estabelecimentos você só encontra hortifrúti, em outro apenas frango orgânico etc.
Pela internet, no entanto, já é possível resolver, ao menos, parte do problema que ainda impede os orgânicos de serem fartos na mesa do consumidor brasileiro. “É um supermercado de alimentos orgânicos pela internet. Surgiu de uma observação nossa da dificuldade que se tem hoje em dia de se encontrar esses alimentos”, explica o idealizador do Organomix, Marcelo Schiaffino, que entrega em casa os produtos selecionados em até dois dias úteis – expediente de segunda-feira até sábado.
“Entregamos no dia seguinte, se não incluir hortifrúti. A gente não estoca, porque não entregaria fresco. Então a gente precisa de dois dias úteis para fazer a encomenda chegar até a casa do consumidor tudo o que ele viu em nosso variado portfólio”, complementa.
De fato, a gama de opções é extensa, e inclui desde frutas, legumes e folhas verdes, até frutos do mar. A barreira, como dito, segue sendo o preço salgado. Enquanto rúcula (R$ 3,40 o maço) e espinafre (R$ 3,50 o maço) têm valores razoáveis, gastar R$ 15 em 600g de frango orgânico, pagar o mesmo por 250g de talharim de espinafre ou então R$ 50 por 400g de camarão descascado ainda pesam no orçamento.
“Esse ainda é o grande entrave da coisa, faço um esforço, mas não dá para gastar tanto assim em supermercado”, conta a advogada Adriana Costa, que participou da palestra promovida pela própria Organomix, neste sábado (22), em um centro comercial na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, para estimular hábitos saudáveis de alimentação, com dicas de uma nutricionista funcional palestrante.
Por serem produzidos em baixa escala e terem tempo de colheita superior aos plantados com produtos químicos que agilizam o crescimento e combatem as pragas, os alimentos orgânicos seguem a cadeia econômica clássica da lei da oferta e da procura.
“O cara desce da serra com um caminhão com 50 pés de alface para vender numa feira em Ipanema. Não é uma cadeia eficiente, o custo fica alto”, explica Schiaffino, que centralizando o comércio orgânico online, espera poder reduzir o preço dos seus produtos. “A gente tem como premissa colocar nossos preços abaixo dos supermercados concorrentes”, garante.
Os 10 mais nocivos
A nutricionista funcional Flávia Cyfer explica que o consumo de produtos orgânicos “é uma alimentação sem nenhum desses venenos. Comprovadamente eles têm mais nutrientes, porque ficam mais tempo no solo, e são mais nutritivos. Na verdade, muitos antioxidantes são criados através das agressões do meio externo, coisa que não ocorre quando se colhe antes do tempo normal de cultivo”.
Para acelerar a produtividade no mesmo grau de proteção contra as pragas, alguns produtos acabam recebendo carga de agrotóxicos ainda maior do que outros. Cyfer lista abaixo os 10 mais nocivos, e esclarece que o tomate, que já foi um dos maiores vilões, agora ocupa apenas o penúltimo posto da lista.
1º lugar – Pimentão
2 º lugar – Morango
3 º lugar – Pepino
4º lugar – Alface
5º lugar – Couve
6º lugar – Abacaxi
7º lugar – Beterraba
8º lugar – Mamão
9º lugar – Laranja
10º lugar – Tomate
via internet – Google Notícias http://news.google.com/news/url?sa=t&fd=R&usg=AFQjCNHFbyzpfu7TSCIfFZbRsZkg2Xvaxw&url=http://saude.terra.com.br/dietas/supermercado-de-organicos-na-internet-e-alternativa-contra-oferta-pulverizada,fb687a3a830f9310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html